Cidade Perdida no Oceano

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A princípio a busca pela origem da vida na Terra é uma das questões mais fascinantes e desafiadoras da ciência moderna. Cidade Perdida no Oceano.

Diversas teorias têm sido propostas ao longo dos anos, desde a hipótese da “sopa primordial” até a panspermia, que sugere que a vida pode ter chegado à Terra vinda do espaço.

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No entanto, uma descoberta recente nas profundezas do oceano Atlântico pode trazer novas luzes a este mistério ancestral.

Contudo trata-se de uma formação geológica conhecida como “Cidade Perdida”, localizada a cerca de 800 metros abaixo da superfície, em uma região de atividade hidrotermal.

O Que é a Cidade Perdida?

A “Cidade Perdida” é um campo de fontes hidrotermais descoberto em 2000, na Cordilheira do Atlântico Médio, a cerca de 20 km da Dorsal Mesoatlântica.

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Diferentemente das conhecidas fontes hidrotermais de “fumo negro”, que são alimentadas pelo magma.

Cidade Perdida é alimentada por reações químicas que ocorrem entre a água do mar e as rochas ultramáficas ricas em peridotito, um tipo de rocha proveniente do manto terrestre.

As chaminés da Cidade Perdida, que podem atingir até 60 metros de altura, liberam fluidos alcalinos quentes (cerca de 40 a 90 graus Celsius).

A Relevância da Cidade Perdida para a Origem da Vida

O Que é a Cidade Perdida
Imagem Canva Pro Google

A importância da Cidade Perdida para a pesquisa sobre a origem da vida reside em seu ambiente único, que simula as condições primitivas da Terra, onde a vida pode ter se originado.

As reações químicas que ocorrem nas fontes hidrotermais da Cidade Perdida são semelhantes àquelas que podem ter ocorrido na Terra primitiva.

Onde a interação entre água do mar e rochas do manto pode ter criado as condições ideais para o surgimento das primeiras moléculas orgânicas.

Essas reações, conhecidas como serpentinização, resultam na formação de hidrogênio molecular (H₂) e metano (CH₄), ambos considerados cruciais.

As descobertas na Cidade Perdida não só têm implicações para a compreensão da origem da vida na Terra, mas também oferecem insights valiosos para a busca por vida em outros planetas.

Ambientes semelhantes podem existir em locais como Europa, a lua gelada de Júpiter, e Encélado, uma das luas de Saturno.

Ambas as luas são conhecidas por possuírem oceanos subterrâneos sob suas crostas de gelo, onde fontes hidrotermais podem estar ativas.

Se a vida na Terra teve origem em ambientes hidrotermais semelhantes aos da Cidade Perdida, é plausível que vida microbiana possa existir em condições similares fora da Terra.

O Futuro da Pesquisa

O estudo da Cidade Perdida está apenas começando, e o local ainda guarda muitos segredos que podem revolucionar nosso entendimento sobre a origem da vida.

Pesquisas futuras, utilizando tecnologias avançadas de robótica submarina e análises químicas de alta precisão.

Serão cruciais para explorar mais a fundo as características desse sistema hidrotermal único.

Além disso, há um crescente interesse em investigar a biodiversidade da Cidade Perdida, que inclui organismos adaptados a condições extremas, conhecidos como extremófilos.

Conclusão Cidade Perdida no Oceano

A descoberta e o estudo da Cidade Perdida no fundo do oceano Atlântico representam um marco significativo na busca pela origem da vida na Terra.

Portanto esse sistema hidrotermal único, com suas condições químicas e físicas especiais, pode fornecer as respostas para uma das questões mais antigas e fundamentais da ciência.

Além disso, as lições aprendidas com a Cidade Perdida podem ter implicações profundas para a astrobiologia.

Ampliando nossa compreensão das condições necessárias para a vida e orientando futuras missões em busca de vida fora da Terra.

À medida que a exploração avança, a Cidade Perdida promete revelar ainda mais segredos sobre o nascimento da vida e a extraordinária capacidade de adaptação dos organismos vivos.